20.6.05

desejo


última moeda que atiro. de costas. por cima do ombro. último desejo, mais um, afogado no fundo da fonte.

18.6.05

catapulta


de tanto fazer o mesmo caminho, a grama já está morta. secou de tanto ser pisada, assim, quase todo dia. não sei quando perdi a conta de quantas vezes já aconteceu. mais uma vez, volto pro meu lugar, caminhando devagar. olhando a trilha que eu mesmo deixei pelo chão. cansado por saber que amanhã serei arrancado de casa, levado pelos braços e submetido ao mesmo ritual. catapultado pra longe, sem ter pedido. caindo onde eu não queria. em terra estranha. além dos muros. e tendo de fazer, mais uma vez, esse meu mesmo caminho de volta.